É um multimilionário que já está cansado de ter a garagem cheia de Rolls-Royce ou Bentley?!... A Aston Martin tem boas notícias para si, embora vá ter ainda de esperar alguns anos, pois a marca pretende lançar dois luxuosos modelos sob a marca Lagonda mas só lá para 2023.

Agora que regressou aos lucros e tem as contas em ordem, a marca britânica de desportivos está num período verdadeiramente frenético! Tendo mostrado recentemente o DB11 e o DB11 Volante, trabalha aceleradamente no Valkyrie, o hiperdesportivo feito em parceria com a equipa de F1 Red Bull, no novo Vanquish e no futuro "crossover" DBX que até terá direito a uma fábrica própria, no País de Gales. E continua a falar-se num desportivo de motor central para enfrentar os Ferrari, Lamborghini e McLaren…

Mas, segundo o presidente da marca, Andy Palmer, os projectos não se ficam por aqui e a aposta na Lagonda é para continuar. Isto depois do sucesso que foi a pequena produção do Lagonda Taraf (nas fotos), modelo ultra luxuoso feito numa série muito limitada para os mercados do Médio Oriente (a um milhão de euros a unidade…) e que usava, essencialmente, a base do Aston Martin Rapide.

Agora, em declarações à revista "Car & Drive", Andy Palmer não podia ter sido mais claro, confirmando os futuros modelos da Lagonda (marca de luxo há muito integrada na Aston Martin) e até especificando: "Mas não quero que sejam berlinas tradicionais. Se fizermos mais um ‘três volumes’ será difícil penetrarmos no mercado", explicou, assumindo que vai querer fazer frente à Bentley e Rolls-Royce!

"Por isso, o desafio que lancei aos nossos ‘designers’ foi que procurassem algo que quebrasse aquele duopólio, mas que ainda assim fosse apelativo para um mercado ainda bastante conservador e com grande percentagem de utilizadores com ‘chauffeur’", resumiu Palmer. "Crossovers" ou SUV, como a Bentley está a fazer como Bentayga ou a Rolls-Royce com o futuro Cullinan, está fora de hipótese, até porque a própria Aston Martin está a construir o DBX.

Mas é muito provável que os dois modelos da Lagonda – que Palmer garantiu que só estarão prontos lá para 2023 – utilizem a plataforma de maiores dimensões do DBX e possam até usar as suas mecânicas, nomeadamente a prevista versão eléctrica.